quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Acompanhamento Pedagógico

Nas visitas de acompanhamento pedagógico tenho tido o grande prazer de conhecer variadas realidades. A receptividade dos professores e alunos é muito satisfatória.

Gostaria de compartilhar com todos alguns textos produzidos por alunos de nosso município e algumas fotos:

Texto 1:

Autor: Josué Jesus Santana 5ª série.

Café com pão

Café com pão

biscoito farinha e feijão junto com

macarrão que chega com a camaleão

recheada de paixão.

Texto 2:

Autor: Tiago Matos 8ª série

A violência Brasileira

Hoje passei pelo pátio

quando derrepente avistei

aquela situação

uma velhinha cansada

com muitas sacolas na mão

por outro lado lá vinham

um grupo de camaradas

zombando daquela velha

caída naquela calçada

coitada daquela velhinha

no meio da solidão

tão triste, cansada e sozinha

ô meu Deus que humilhação

neste verso que escrevi

com amor e dedicação

Retrato a violência do meu país

mais enfim

Brasil você está aqui

No fundo do meu coração.




Culminância de um trabalho sobre poesia. professor Anselmo (Escola José Valdir)

Escola José Valdir de Santana


Visita a escola Castelo Branco. Professora Heidiane (Povoado de Mandacaru)

Escola castelo Branco




RELATO DA OFICINA 11 DA UNIDADE 22 DO TP6













Programa Gestão da Aprendizagem Escolar – Gestar II – Língua Portuguesa

Professora Formadora – Jadiane Pimentel da Silva

Data – 14/09/09


A oficina que tratava da unidade 21 e 22 do TP6 teve como objetivos oportunizar momentos de descontração e interação com o grupo, provocar discussões acerca de argumentação e linguagem e Produção textual: planejamento e escrita, além de consolidar reflexões a partir das vivências com o Avançando na prática.

Iniciamos com uma dinâmica de grupo que nos fez refletir sobre o grau de confiabilidade que depositamos/ou passamos para o outro. Acho interessante investirmos nesses momentos de descontração, pois o grupo relaxa e esquece um pouco da correria diária.

Outro momento crucial de nossas oficinas é o relato dos Avançando na prática, nossos professores ouvem e são ouvidos. Externalizam problemas, dificuldades, sofrimentos, alegrias, conquistas, emoções... Enfim, nos despimos de nossos medos e vergonhas para o outro por que sabemos da ética que nos cerca e do carinho que temos para com todos. Nossas reuniões tem sido alimento para “almas” cansadas de lutarem sozinhas. Como disse outrora uma cursista querida “nossas reuniões é um grupoterapia”.

Nosso terceiro momento foi de socialização dos estudos feitos na unidade 21 e 22 do TP6. Em uma roda de conversa pudemos discutir sobre: a construção da argumentação, tese, qualidade da argumentação, além de planejamento e estratégias de escrita. Este foi um momento bastante proveitoso, pois conseguimos perceber diferentes pontos de vista. Foi possível também promover um júri simulado onde os cursistas colocaram em prática um pouco dos conhecimentos que foram vistos neste Tp.
Destinamos um tempo para que nossos professores fizessem um planejamento didático como é proposto na oficina 11 e finalizamos nosso encontro com uma avaliação e auto-avaliação, além de alguns encaminhamentos para próxima oficina.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

RELATO DA OFICINA 10 DA UNIDADE 20 DO TP5





















A oficina de fechamento do TP5 foi preparada com muito carinho, pois nós não tínhamos ainda entregado todo o material do Programa (TPs e AAAs 6, 1, 2) por isso fizemos um carinho para os cursistas embrulhando mais uma vez o material e os entregamos em forma de presente. Quando os professores se sentam na cadeira de estudante se comportam da mesma maneira que qualquer aluno. “Aluno” são iguais não importa a idade. Todos ficaram curiosos e ansiosos pelo recebimento do “presente”. São pequenos mimos como esse que tem feito à diferença em nossas reuniões.

Cantamos a vida e as pessoas com a música “Gente Linda” do diácono Nelsinho Corrêa a qual nos proporcionou uma bela reflexão sobre viver bem cada momento sem medo de sofrer ou desanimar e sempre amar, amar... Como o veleiro ama o vento... Como é bom amar a vida!

Demos seguimento aos trabalhos com os relatos das experiências com o Avançando na Prática e quais os resultados obtidos com essas aplicações. Nossos professores têm se identificado bastante com estas atividades, pois as mesmas têm resignificado à prática desses doscentes.

Socializamos os estudos feitos da unidade 19 e 20 e discutimos sobre a necessidade de se compreender que é da harmonia entre os fatores que integram um texto que ganhamos a qualidade da comunicação daí faz-se necessário que trabalhemos com as marcas de coesão e as relações lógicas no texto. Discutir esses temas com nossos cursistas torna-se um dialogo bastante enriquecedor em virtude dos mesmos terem bastante conhecimento sobre o assunto. O grupo em sua maioria já tem graduação em Letras ou estão terminando o curso.

Nestas duas unidades os Avançando na Prática ficaram um pouco repetitivos em relação aos Avançando das unidades anteriores. Como a coesão é parceira da coerência nos objetivos de fazer um texto ter sentido as atividades ficaram bem parecidas. Talvez fosse o caso de não haver uma separação entre os dois conteúdos. É apenas uma sugestão ou observação.

Como foi sugerido na oficina 10 do TP5 formamos grupos para a tarefa de produzir um texto publicitário fazendo uso de linguagem verbal e não verbal. Após a produção, cada grupo apresentou para os colegas o que foi produzido e discutimos sobre a construção das significações e seus efeitos no poder de convencimento atingido.

Cada cursista fez uma auto-avaliação e uma avaliação do encontro. Finalizamos a reunião com alguns encaminhamentos para o próximo encontro sobre a leitura da unidade 21 e 22 do TP6 e fiz alguns agendamentos de visitas pedagógicas e apresentei aos cursistas a prova diagnóstica de entrada, a qual por sinal, chegou muitíssima atrasada o que provocou algumas reações de desconforto por parte de alguns.






terça-feira, 1 de setembro de 2009

Comentário sobre o texto: País emergente, Educação submersa... (Marcos Bagno – Abril de 2009)

Eu me pergunto: nós temos sede de quê? Fome de quê?

É vergonhoso viver em um país que divulga diariamente estar em crescente desenvolvimento econômico além de uma suposta importância no panorama internacional e ter índices de analfabetos funcionais tão elevados como é possível ser observado em pesquisas divulgadas no mundo inteiro. Seriamos nós, professores, os únicos culpados? Seria o tal “sistema” vigente? A falta de governabilidade educacional? A falta de estimulo financeiro? Quantas interrogações são levantadas para justificar o fracasso escolar?

“A gente quer saída para qualquer parte...”.

Mediante uma reflexão ficam-nos algumas verdades: nós professores temos sim uma parcela imensa de culpa diante dos fatos. Fechamos os olhos diante da realidade de nossos alunos e continuamos fingindo que estamos ensinando e os educando fingem que estão aprendendo. Culpamos a falta de parceria dos pais, da direção, da coordenação, da comunidade, dos políticos e nos conformamos com a mediocridade de quem não coloca as mãos à obra. Mas é verdade também que vivemos num país extremamente burocrático que ao invés de ajudar muitas vezes atrapalha, mesmo vivendo na era digital, este “sistema” vigente anda a passos lentos. O tempo que se gasta analisado, vendo os prós e os contras, fazendo portarias, editando... E assim por diante... Enquanto isso as coisas ficam paradas ou até mesmo esquecidas no tempo. Temos governo, mas não temos governabilidade.

A cada ano somos cobrados para que forneçamos um IDEB melhor para ilustrar nossa imagem no exterior, mas pouco é feito para dar suporte a esses professores que lutam diariamente armados com giz, saliva e um mísero quadro negro (em alguns casos, nem isso) para possibilitar uma educação às tantas crianças do nosso país. Sem esquecer que precisamos obter um bom resultado na Prova Brasil, ENADE e nas tantas outras provas que temos que fazer durante o ano, pois é para isso que somos pagos. Pagos? Parece até piada diante da realidade salarial a qual estamos sujeitos.

Observando por este lado se compreende um pouco porque temos 75% de brasileiros analfabetos funcionais. Querem que saiamos bem na foto internacional jogando o lixo da casa debaixo do tapete.

E você caro leitor: tem sede de quê? Você tem fome de quê?

Eu sou professora e “não quero só comida, quero comida, diversão e arte”.

Vamos fazer a diferença?